Normalmente, falar dos bastidores do mundo da bola, incluindo as especulações de negociações de jogadores, não me apetece muito. Mas o desfecho, até aqui, da novela Neymar não pode ser ignorado. Clube e atleta disseram não ao milionário predador europeu Real Madrid. Sim, é de se tirar o chapéu. O clube de fato tem priorizado o mundial de clubes a ser disputado no fim do ano e conseguiu atravessar muito bem a ofensiva sofrida sobre seus melhores jogadores. Além do valor, a exigência foi disponibilizar o atleta após o torneio. O Real continua lutando para ter Neymar, e quer prioridade na negociação. Para pressionar, exige um desconto por ter que esperar para ter o jogador. O Barcelona, que também deseja ter o craque no elenco, declarou que espera até o fim de 2012 e paga o valor integral, já que, por não conseguir reunir recursos suficientes para tão alta cifra em tão pouco tempo, não poderia competir com o Real no começo do ano.
A transferência é inevitável e, particularmente, acho muito mais interessante Neymar ir para o Barcelona. Além de ser o melhor clube do mundo já a algum tempo, o Barça claramente tem uma estrutura e um projeto para seus atletas bem melhor que o rival de Madrid. O Real, ao menos na minha visão, é um clube um pouco mais, digamos, enrolado. Vive a negociar perdão de dívidas e tem mania de montar elencos estelares que, não raro, não dão em nada. Não são poucos os craques que, em passagem por lá, demonstraram um futebol muito aquém do esperado. E responsabilizo principalmente o clube por isso. No episódio Neymar mostra grande amadurecimento. Até pouco tempo esteve em evidência não só pelo seu futebol, mas pelos problemas fora de campo. Em pouco menos de um ano, o garoto mudou a ponto de servir de exemplo. É dedicado ao clube, mantém o excelente nível de seu futebol, aparece bem diante das câmeras, sempre com muita simpatia, e nutre um amor e respeito pela camisa do Santos um tanto raro de se ver hoje. Jogadores jovens quando despontam, invariavelmente partem cedo demais, com aquele discurso de que queria ficar mas também quer ir. No caso de Neymar, ele quer ir, mas a vontade de ficar é maior. E ele sabe que a escolha é entre ficar mais rico agora ou daqui a pouco. Estourar para o mundo agora ou daqui a pouco. E finalmente podemos falar que um dos maiores craques dos últimos anos não vai embora prematuramente.
Nota rápida: em amistoso beneficente organizado pela fundação Lionel Messi, entre amigos de Messi e seleção do resto do mundo, o baixinho Romário esteve em campo. E marcou um gol além de um passe com cara de… Romário, para um gol do próprio Messi. Claro que este jogo não é parâmetro e ninguém lá estava com uma seriedade a ponto de complicar para algum adversário. Nem era essa a intenção. Mas confesso que até me emociono ao ver o Romário em campo. Com a mesma cara, a mesma postura, o mesmo jeito de correr e de tocar na bola, e em forma, tive inevitavelmente aquela saudade que me levou a, involuntariamente, me questionar porque ele não volta, enganando a mim mesmo com o argumento de que ele poderia ainda jogar mais um tempo. Coisa de fã, assim como cada um tem o seu. Isso se forma de acordo com às circunstâncias, que basicamente se resumem ao momento em que se presencia certo jogador. O momento inclui a atenção que o torcedor direciona ao futebol, somada à fase do jogador. E claro que por volta dos 10 ou 11 anos de idade, dependendo do que se vê, o jogador se transforma, para o fã, em uma espécie de herói incontestável para o resto da vida. Entendo quem diz que Ronaldo foi o melhor jogador que viu jogar. Ou Zico, ou Zidane, ou tantos outros contemporâneo,como pode um pessoa valer tanto dinheiro ?
Ums contatos outros conada, a sim e a vida
Ass;Adriano F,S
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