sexta-feira, 19 de agosto de 2011
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Bancos perdem R$ 685 milhões com fraudes eletrônicas no 1º semestre
As perdas com fraudes bancárias realizadas por meio eletrônico somaram R$ 685 milhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de R$ 504 milhões, divulgou nesta sexta-feira (19) a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
O aumento se deve ao uso crescente dos meios eletrônicos como forma de pagamento, à falta de uma legislação que iniba o avanço da ação dos criminosos com punições efetivas, e ao descuido de alguns usuários em relação a procedimentos de segurança, avalia Wilson Gutierrez, diretor técnico da entidade, em nota.
“Os bancos investem em infra-estrutura, recursos tecnológicos e humanos para evitar possíveis tentativas de fraudes, garantir confidencialidade dos dados dos clientes e a segurança no uso dos canais eletrônicos. Para tanto, estão constantemente prospectando e implementando novas ferramentas capazes de aumentar e garantir cada vez mais a segurança dos processos, oferecendo ambiente confiável para uso tranquilo pelos clientes”, diz a federação, em nota.
De acordo com a Febraban, não há registro de invasão ou fraude eletrônica a partir dos sistemas internos dos bancos e a fraude quase sempre ocorre externamente, como captura de trilhas de cartões nas operações de compras.
Segundo a entidade, na internet, é comum que a fraude ocorra porque o cliente, iludido, informa os seus códigos e senhas para os estelionatários ou não adota medidas recomendáveis de segurança nos equipamentos, como antivírus, sistemas operacionais legítimos e firewall.
Legislação
Para impedir a ação crescente dos criminosos, em especial nas fraudes pela internet, a Febraban defende que seja promulgada lei, pelo Congresso Nacional, com tipificação específica aos novos crimes, denominados “cibernéticos” ou de natureza eletrônica.
sábado, 6 de agosto de 2011
Jesus Ama Você
Frase de Reflexão
Após criticar evangélicos, Globo decide cortar cenas gays de “Insensato Coração”
Durante vários dias seguidos, a emissora global exibiu cenas de alguns personagens da novela se confrontando verbalmente sobre o tema “homossexualismo”
No capítulo desta segunda-feira, 18, o personagem gay “Chicão” (foto) vivido pelo ator Wendell Bendelack, disse ser discriminado pelos seus pais por influência de um pastor.
“A minha mãe só fala comigo para me dar sermão; o meu pai nunca passou de ‘bom dia’ e cascudo. Os dois vão na conversa do pastor da igreja deles e me tratam como se eu fosse o ‘fim do mundo’”.
Esta foi a frase dita pelo personagem gay “Chicão” no capítulo desta segunda-feira, 18, na novela “Insensato Coração”, quando ele pedia desculpas a sua patroa, Sueli, interpretada por Louise Cardoso, que na trama, descobre que tem um filho gay.
Durante vários dias seguidos, a emissora global exibiu cenas de alguns personagens da novela se confrontando verbalmente sobre o tema “homossexualismo”. Nas cenas, enquanto uns não aceitavam, outros diziam que a não aceitação seria “homofobia” e que já existia no Congresso uma lei que iria tornar a homofobia, crime, punível com prisão.
O exagero destas cenas e a perda de 8% do ibope este ano, talvez tenham alguma relação, e possam ter sido decisivos para que a emissora resolvesse “jogar um balde de gelo nos gays” da novela, como afirma a colunista da Folha de São Paulo, Keila Jimenez.
A Folha de São Paulo apurou que os autores da novela, Gilberto Braga e Ricardo Linhares, foram chamados na semana passada para uma conversa com o diretor-geral de entretenimento da emissora, Manoel Martins. Na pauta: a determinação da Globo para que a história dos homossexuais Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo) fosse completamente esfriada no folhetim.
As novas cenas de Hugo e Eduardo, assim como as cenas de conversa sobre o assunto entre Eduardo e sua mãe, vivida por Louise Cardoso, serão inutilizadas.
Aos autores e atores a Globo pediu silêncio. Nada de instigar o beijo gay nem a ira de entidades que possam encarar a iniciativa como preconceito. A ordem é esfriar o assunto sem polemizar.
Além do corte das cenas, os autores foram instruídos a não carregarem bandeira política, a pararem de fazer apologia pela criação de uma lei que puna a homofobia. Já as cenas engraçadas do personagem Roni (Leonardo Miggiorin) estão liberadas.
Procurada, a Globo, via assessoria, diz que a televisão é um veículo de massa que precisa contemplar todos os seus públicos e faz parte do papel da direção zelar para que isso aconteça.