Quando
é fantasia
Eu
penso nas fagulhas
Que
caem como estrelas
Nas
noites de São João.
Penso
nas folhas
Banhadas
de inverno
Riscadas
no caderno,
Caídas
pelo chão.
Quando
é solidão
Não
penso em nada,
Mas
acho que nada
É
uma multidão
Caminhando
a ermo
Por
finitas estradas
Ruas
enfeitadas
De
sim e de não.
Quando
é utopia
Eu
vejo chegar,
Sonhos
de mar
Sertão
dilacerado.
Faca
cortante
Duelo
perdido
Corpo
despido
Luzes
do passado.
O
que diz esse olhar
Entre
tantas paragens
Num
céu de miragens
Parecendo
magia.
De
nada eu lembro
Só
do seu sorriso
Parecendo
guizo
De
tanta alegria!
Uma
vaga lembrança
Escondida
no tempo
Me
trás do relento
Aquele
reviver.
Pois
quando é tristeza
Cheia
de saudade
Eu
só sinto vontade
De
não te esquecer.